1. Ponto de partida:

O impacto que o COVID-19 está a ter nas nossas vidas é já globalmente reconhecido como profundamente transformador e uma mudança estrutural. RENASCER é a procura de instrumentos de política económica assentes em trajectórias de retoma exequíveis e expeditas.

Partindo da observação histórica dos impactos de outras grandes epidemias, enquanto verificamos que existe uma necessidade urgente de agir para tratar e prevenir, sabemos que a mudança que está a ocorrer será difícil de prever, mas sabemos também que outros choques sistémicos foram profundamente transformadores da sociedade. Encontramo-nos numa situação de incerteza. No entanto, sabemos que é urgente retomar a economia, regressar à rua, segurar postos de trabalho e assegurar a qualidade de vida.

2. A tomada de decisão:

A urgência de retomar as actividades económicas e a “vida normal” será tão mais bem-sucedida quanto o nosso regresso à rua for bem cuidado. O nosso regresso e a retoma económica terá de prever não só a segurança dos agentes económicos como ser rápido e eficaz.

3. A equipa:

Assim, reunimos uma equipa multidisciplinar que pretende encontrar soluções para a retoma da economia assentes em evidência histórica e epidemiológica, que permita transformar a incerteza em cálculos de risco.

A nossa equipa junta big data, economia, epidemiologia, biologia e história para estudar crises e retomas. Pretendemos procurar por padrões que não são óbvios nos estudos mais citados, feitos para grandes catástrofes ou grandes economias. Pequenas variações subtis que não são observáveis quando apenas se estuda um fenómeno numa só região.

4. O processo:

Um dos pontos de partida será recorrer a uma análise sistemática da literatura de crises. Com ferramentas de análise qualitativa de texto pode-se tirar muita informação, mas podemos ir mais além. Ou seja, passar daqui para uma base de dados de artigos científicos e uma base de dados em si, muito maior, onde seja possível varrer o texto ou os dados e retirar padrões. Cruzamos a finura da análise histórica com a robustez estatística.

Estes padrões que procuramos serão traduzidos em variáveis de modelos económicos de previsão, potencialmente mais robustos à Crítica de Lucas, tornando endógeno este choque sistémico que estamos a viver.

5. O fim maior: encontrar trajectórias de retoma exequíveis e de uma forma expedita, que possam ser usadas como instrumentos de política económica.

São bem-vindos informáticos, estatísticos, economistas, historiadores, gente com experiência na gestão de equipas, gestão de bases de dados, conhecimentos do impacto social da biologia tanto como da economia e política.